sexta-feira, 11 de março de 2011

Fumar ou não fumar nos apartamentos dos hotéis: Eis a questão!!!

Com as restrições da lei antifumo os apartamentos dos hotéis se tornaram os últimos redutos dos fumantes, mas o cerco continua apertando e muitos hotéis resolveram radicalizar ao não aceitar fumantes o que já é uma tendência mundial.
A lei antifumo que completa dois anos em vigor no estado de São Paulo este ano e que foi adotada por outras cidades e estados brasileiros, enfrentou muitas polêmicas quanto à proibição do fumo em ambientes coletivos principalmente de restaurantes, bares e hotéis.
Muitos empresários desses estabelecimentos acreditavam que esse cerco fechado contra os fumantes, afugentasse ou até mesmo diminuísse o número de clientes e hóspedes e consequentemente amargariam com os prejuízos.
Porém, como nas leis sempre existem algumas brechas, na lei antifumo não podia ser diferente, e um dos artigos é brando e permite o fumo nos apartamentos dos hotéis, já que são considerados íntimos dos clientes como nas suas próprias casas e, também a fiscalização nesses lugares ferem o direito à privacidade.
Com essa abertura da lei, o segmento hoteleiro não teria tantos prejuízos e os fumantes poderiam fumar livremente nos apartamentos que são os últimos redutos de ambientes fechados. Mas será mesmo que os hotéis obtêm alguma vantagem permitindo o fumo nos apartamentos?
Como os apartamentos dos hotéis são os únicos lugares que restam para os hóspedes fumarem sem ser punidos, a equipe de governança dos hotéis possuem um trabalho a mais na higiene e sanitização dos locais, pois eliminar aquele incômodo cheiro da fumaça não é uma tarefa fácil e requer tempo e custos.
Abrir portas e janelas para arejar ou mesmo aplicar um produto para seqüestrar odores, podem surtir efeito, mas dependendo do tempo de exposição, a ação não é suficiente. O ideal é que as cortinas sejam retiradas frequentemente para lavagem e substituídas e as poltronas e peças com revestimento também deverão ser higienizadas com maior cuidado. No caso do enxoval não há necessidade de um processo especial, a higienização é normal.
Além desta preocupação com lavagem e higienização, existe o tempo que soa como custo, pois em vários hotéis existe uma quota mínima de apartamentos para uma única camareira limpar e contratar mais funcionários nem sempre faz o orçamento bater no final do mês. Geralmente o número de camareiras varia de acordo com a categoria do hotel. Os de padrão executivo, a proporção é de uma camareira para 16 apartamentos. Nos hotéis de luxo, a proporção é de uma para cada grupo de nove a 12 apartamentos.
A Presidente da ABG – Associação Brasileira das Governantas e Profissionais da Hotelaria, Maria José Dantas, explica que em razão dos apartamentos serem os últimos redutos dos fumantes, de certa forma essa concentração tem gerado uma facilidade na logística da governança. “A quantidade de fumantes vem diminuindo, acho que as pessoas têm se preocupado mais com a saúde. Desde que a lei antifumo entrou em vigor, criou muita dificuldade para os fumantes, isso de certa forma, fez baixar o número de fumantes nos hotéis”, frisa Maria José.
Mesmo com essa diminuição do número de fumantes nos hotéis, é muito comum ocorrer problemas com queimaduras provocadas por cigarro em produtos e equipamentos dos apartamentos, como no enxoval de cama, criados mudos, mobiliários e cortinas, e isso acaba gerando prejuízos e custos ao hotel. Mas isso é muito comum quando os fumantes ocupam os apartamentos não-fumantes, pois estes não possuem cinzeiro. Alguns hotéis preferem correr este risco, pois dependendo da taxa de ocupação, o hóspede é informado pela recepção que o andar em que encontra seu apartamento é para não fumante, e que ali há restrições, e mesmo assim o hóspede fuma.
Mesmo sem queimar móveis, objetos ou enxoval um hóspede fumante aumenta o custo da operação em um hotel. As cortinas precisam ser lavadas com maior frequência. No caso de ter que bloquear o apartamento por causa do cheiro forte ou danos no mobiliário, há um impacto maior. Nem sempre a reposição de um material danificado é rápida e muitas vezes depende de marceneiro, aprovação de orçamento, do controller, entre outras variáveis. A implantação da política de 100% não fumante por alguns hotéis é muito boa e considerada uma tendência mundial, mas existe o risco de além de perder o hóspede fumante, assim como o não fumante. “Já me hospedei em hotéis que adotaram essa política de 100% não fumante e encontrei o meu apartamento com cheiro de tabaco. Vejo que o controle é muito difícil. É muito delicado você vigiar o que o hóspede faz dentro dos apartamentos, é quase uma invasão de privacidade. Uma outra solução menos drástica é os hotéis reservarem andares exclusivos para fumantes, pois dificilmente um não-fumante conseguiria ficar em um apartamento com cheiro de tabaco. Isso é um assunto muito sério para o hotel que necessita se posicionar de forma clara”, assegura Maria José.
De acordo com o Diretor Comercial e de Marketing do Hotel, Silvio Araújo, a implantação desse conceito colocou o hotel paulista Grand Hyatt São Paulo em sintonia com a política global da companhia, que já adota a prática de hotel 100% antifumo em muitas regiões do mundo. “Acreditamos que isso vem de encontro ao desejo da sociedade, uma vez que é uma prática extensivamente apoiada também dentro de outros setores organizados da sociedade brasileira. É uma tendência que veio para firmar-se como algo definitivo e também uma demonstração de respeito com o hóspede que vai ocupar em seguida o apartamento”, frisa Araújo.

Tecnologia para eliminar odores indesejados
Investir em tecnologia para eliminar odores indesejados de mofo e cigarro, assim como livrar o ambiente de ácaros e bactérias nocivas é uma boa solução para agradar hóspedes fumantes e não fumantes, assim como ter apartamentos disponíveis para reserva em qualquer período. Foi pensando nisto que o hotel Bourbon Alphaville numa postura inovadora adotou a desinfecção dos apartamentos por meio da nebulização a frio. Esse serviço é bastante eficiente, no combate as bactérias, ácaros e fungos e ainda protege, previne e conserva o local sanitizado.

Outra vantagem é que não deixa resíduos, cheiro ou manchas e os apartamentos ficam totalmente hipoarlegênico, ou seja, o hóspede que se instalar nesse ambiente não terá nenhum tipo de alergia e não ficará exposto a organismos nocivos a saúde.

Além disso, a película protetora preserva e conserva as instalações, reduzindo custos com a manutenção e troca de cortinas, cúpulas de abajur, quadros, entre outros objetos. Outra solução que foi apresentada recentemente ao mercado é a tinta higiênica que a Universo Tintas lançou para atender às necessidades dos hotéis terem ambientes cada vez mais higiênicos para receberem hóspedes com problemas de rinites, assim como facilitar a limpeza e manutenção, evitar proliferação de bactérias e tirar odores impregnados de fumaça de cigarro nas paredes. O produto possui em sua fórmula ions de prata que atuam como um campo eletromagnético, o qual repele os microorganismos da superfície, devido à diferença eletrostática entre a molécula (prata) e a parede celular.

Este processo é certificado por rigorosas normas do Japão e garante 100% de proteção aos ambientes por no mínimo três anos. O látex acrílico possui ótima resistência, o que permite uma fácil limpeza e após três horas de aplicação, não possui cheiro. O esmalte é ideal para superfícies de madeira, metais ferrosos e alvenaria. Como é diluível em água, proporciona baixo odor durante a aplicação e a secagem, estando disponível em acabamento brilhante. Já o expoxi é um produto de altíssima resistência e indicado para pinturas deterioradas por repetidas operações de limpeza, como em cozinhas de hotéis.
Fonte: Revista Hotéis






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