quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Primeiro Longa - Jardim das Folhas Sagradas

Cena do filme Jardim das Folhas Sagradas


Há oito anos, depois de arregaçar as mangas em grandes pesquisas, surgiu a idéia do cineasta baiano Pola Ribeiro de fazer o filme Jardim das Folhas Sagradas, que conta com atores, técnicos e produção da Bahia. Ele é autor de diversas produções premiadas pelo Brasil e esse é o primeiro longa do diretor, que falou com a Business sobre essa nova experiência em sua carreira e os desafios de realizar esse sonho.

Segundo Pola Ribeiro, na Bahia como no Brasil, o processo de captação de recursos para a realização de um filme de longa-metragem passa por editais de apoio à produção, tanto do Ministério da Cultura e derivado de políticas estaduais, como de empresas estatais, além da captação direta via leis de incentivo junto a empresas patrocinadoras. No caso do Jardim das Folhas Sagradas, passamos pela concorrência direta com mais de 300 projetos, em dois concursos da Petrobras e do BNDES, um apoio via lei estadual de cultura Fazcultura, junto a Chesf, patrocínio via lei federal com a Eletrobrás e aporte direto da Infraero. De um projeto orçado e aprovado para captação pela Ancine, no valor de R$ 3,5 milhões, já conseguimos R$ 2,1 milhões e já estamos finalizando o filme. Precisamos de recursos para alguns acabamentos, além de prepararmos o processo de comunicação e distribuição da película.

O filme gera renda tanto para profissionais exclusivamente da área como para profissionais de áreas diversas como a administração, contabilidade, jurídico, transportes, hotelaria, segurança e até mesmo construção civil, marcenaria, funilaria e outras.

A questão da sustentabilidade é a questão central nos dias de hoje. O planeta está dando sinais de saturação e toda a construção que venha a ser desenvolvida deve levar em conta o impacto que se desenrolará dela. O filme trata do assunto, envolvendo na Bahia as questões da experiência tradicional com os avanços da tecnologia nos dias atuais. Trata da convivência entre saberes, pessoas, culturas, utilização de recursos naturais e religiões. Trata das opções pelo desenvolvimento, crescimento, progresso e ao mesmo tempo o custo que terá que ser pago por cada coisa. Conta uma história contemporânea ao tempo que traz à luz as questões. Discute como o candomblé, uma religião tradicional, criada no Brasil e oriunda de várias nações africanas que foram trazidas para o Brasil. Pode contribuir para relações de convivência entre as pessoas e a natureza, além do respeito pela vida. O filme enfrenta as contradições e as expõe para contribuir com uma melhor compreensão do mundo em que todos nós vivemos.


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